Bem sei que os textos são da Lusa, mas se o PÚBLICO os aceita publicar não apenas lhes dá crédito como os assume como seus.
Assim, no dia 3 de Dezembro, assegurava-se que um certo estudo teria concluido que "o sector das energias contribuirá com uma total de 4 mil milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB), ou 2,4 por cento".
Já no dia 7, informava-se que o governo "concedeu em 2008 ajudas de Estado aprovadas por Bruxelas no valor de 20 mil milhões de euros para ajudar a combater a crise económica e financeira” e que “o valor das ajudas aprovadas por Bruxelas para 2008 é equivalente a 0,26 por cento do produto interno bruto (PIB) português“.
Ora temos então que no dia 3, dois mil milhões serão 1,3% do PIB e no dia 7, uma quantia 10 vezes superior seria apenas de 0,26% do PIB!
Sendo certo que, infelizmente, o PIB não variou assim tanto em quatro dias, mais confusos ficamos por, no último texto, se indicar que as ajudas do Estado em 2008 foram no valor de 1,5 mil milhões e que tal seria 0,93% do PIB.
A supor que se trata de algum erro com as virgulas, mas fazendo um conta de três simples, terá o PÚBLICO perdido uma cacha estrondosa por 20 mil milhões serem na verdade 20% do PIB? Mas isso também não deve ser verdade, pois não?
Mistério...!
Gabriel Silva
NOTA DO PROVEDOR: A primeira notícia refere-se a uma percentagem do PIB em 2015, o que só agrava a discrepância, pois não é suposto que o PIB sofra tão acentuada evolução negativa até lá.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Um PIB bastante elástico
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