Professor efectivo (aposentado) de Inglês e Português, leitor habitual do PÚBLICO impresso e ex-colaborador regular da edição online, não sou (e, por mais de uma vez, o declarei expressamente) propriamente um "fundamentalista" daquelas formas de "correcção" linguística a que poderíamos, com admissível propriedade, chamar "descontextualizada" ou "exaustivamente formal".
As minhas concepções nessa matéria são distintas (francamente mais "liberais" e mais funcionais) e por diversas vezes dadas a conhecer em artigos incluidos em publicações da especialidade, designadamente na revista O Professor.
Com alguma frequência deparo (sobretudo no PÚBLICO, que é, de resto, o único diário que leio) com incorrecções formais diversas, algumas de inegável gravidade, que, todavia, entendo não valorar de modo especial, relevando, ao invés, sobretudo, o conteúdo das notícias a um ou outro "deslize" formal mais ou menos "avulso" nelas contido.
O erro crasso que detectei, porém, na edição de 8 de Abril, num texto de Joana Amaral Cardoso ("Wolverine faz a sua primeira vítima: um crítico de cinema da Fox News", P", pág. 8) não me permite, em consciência, que me cale. É o caso de a jornalista ter escrito, a dado passo, que "X-Men Origins: Wolverine chegou HÁ Internet a 31 de Março [...]"
"HÁ Internet"?! Francamente! Esta é de mais...
Se fosse numa aula minha (mesmo considerando o baixíssimo nível a que se chegou nas nossas escolas públicas...) dava-lhe zero! Quero dizer: dava-lhe zero se os membros do "sindicato" local de alunos me deixassem, claro, e a sra. ministra não me desse, ela própria, logo a seguir outro (dos muitos que ela e a equipa dela têm para oferecer aos professores que uns - o Ministério - vão fingindo que tutelam e os outros - os tais "sindicatos" - tutelam mesmo...).
Carlos Machado Acabado
Na edição de 17 Dezembro de 2008, pág. 34, artigo "Clientes do Banco Espírito Santo em risco de perder 15 milhões em fundos Maddoff", último parágrafo, lê-se: "Maddoff manteve em Londres, até à poucos dias, uma sociedade financeira". É óbvio que não é gralha, nem distracção. Antes do mais, falta de gramática e, depois, de revisão.
F. Lopes Pereira
sexta-feira, 10 de abril de 2009
De palmatória
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