Com referência ao “para que conste” da coluna do Provedor de hoje, 12 Outubro, não posso deixar de estranhar uma certa complacência com que trata o comportamento do director do PÚBLICO. Com efeito, na sua anterior coluna em que referia este assunto, o modo como descreveu o seu contacto com José Manuel Fernandes pareceu deixar clara uma confirmação, por parte deste, das afirmações de José Sócrates, como haviam sido reproduzidas. Mais tarde, porém, é o próprio J.M.F. quem, em editorial, iliba o PM, embora descubra uma nova e gravíssima pressão, ao cancelar um almoço entre ambos.
O cirúrgico esquecimento do director do PÚBLICO, que hoje é referido, parece-me estar a ser branqueado de modo muito incomodativo. Aliás, não posso também deixar de estranhar que, na sua coluna de hoje, o Provedor volte a referir uma “pressão ilegítima sobre a imprensa dado o que (José Sócrates) sugere na insólita referência a um proprietário do jornal”. Tem a certeza de que a referência é insólita? Não terá surgido como resposta a uma (hipotética) interpelação do director do PÚBLICO, do tipo “mas o Sr. PM até conhece Paulo Azevedo!”, ao que J.S. tenha respondido: “É verdade, até ‘fiquei com uma boa relação com o seu accionista’”? Não se terá J.M.F. também esquecido de alguma contextualização? Valem de muito, neste conflito em que ele é uma parte claramente interessada, as reflexões que faz no editorial, sobre a estranheza que sentiu perante a afirmação de J.S.?
Pedro Guedes de Oliveira
domingo, 12 de outubro de 2008
Complacência?
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