Gostaria de mostrar a minha indignação sobre a forma como são divulgadas as notícias dos feitos alcançados pelos atletas portugueses no estrangeiro em provas internacionais.
Esta notícia é um exemplo flagrante da mentalidade dos jornalistas portugueses. Pelos vistos, segundo os jornalistas do PÚBLICO, Telma Monteiro estava obrigada a ser campeã mundial. Menos que isso seria um falhanço!
Não consigo compreender a razão por que os jornalistas divulgam a conquista de medalhas de prata em Mundiais como um "falhanço" em atingir o ouro.
Por que não escrever a notícia como "Telma Monteiro vice-campeã mundial de judo"? Parece que só os jornalistas é que cobram aos atletas medalhas de ouro. Isto num país com os índices de desenvolvimento que conhecemos, com os problemas estruturais conhecidos e onde são poucos os que se destacam pelo mérito.
Gostaria de saber os critérios que levam à divulgação destas conquistas desportivas de uma forma depreciativa, mesmo que não intencional.
Pedro Rosmaninho
Títulos como este são lamentáveis, derrotistas e claramente evitáveis. Numa competição mundial, Telma Monteiro foi capaz de obter um prestigiante segundo lugar, provavelmente competindo com atletas com recursos superiores e orçamentos mensais a que os atletas portugueses não podem aceder. E o comentário que lhe é dado é este? "Sabor amargo"? É um total desrespeito, e seria de esperar um pouco menos de sobranceria por parte de elementos de uma equipa tão prestigiada.
Daniela Gonçalves
sábado, 29 de agosto de 2009
Uma taça meio cheia ou meio vazia?
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2 comentários:
Talvez porque tivesse sido a PRÓPRIA atleta e o director técnico nacional a considerar que a medalha de prata tivesse um sabor amargo, uma vez que o objectivo a que se propunham era o ouro. Neste caso, não foi o jornalista ou o jornal que chegaram a nenhuma conclusão, apenas transmitiram o sentimento quer da própria atleta, quer do director técnico nacional.
Concordo inteiramente com o comentário anterior. Aliás, não é por acaso que a expressão "sabor amargo" no referido título aparece entre aspas. O ângulo do artigo foi decalcado a partir das palavras do próprio técnico citado no texto. Foi este que entregou a "taça meio vazia" de bandeja ao jornalista.
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