Foi uma surpresa muito desagradável para um leitor atento do PÚBLICO de 3 de Abril de 2009, neste caso uma leitora, que, tendo lido e aprovado vivamente o editorial do director intitulado 'O país onde o crime compensa e a Justiça ajuda', que tece ásperas críticas aos "malabarismos jurídicos" e à desmemória do eleitorado, destacando o triste exemplo do autarca de Oeiras, folheia distraidamente a revista de nome Pais Positívo, que, supostamente, traz informação sobre personalidades e projectos de excelência, para servirem de exemplo e edificação aos leitores, e nos oferece, na página 17, um retrato elogióso dessa mesma triste figura política que o editorialista tão duramente critica.
Isto é realmente uma informação em que a mão direita não sabe, nem quer saber, aquilo que faz ou escreve a mão esquerda. Embora tendo perfeita consciência de que a dita revista tem redacção e administração próprias, independentes do PÚBLICO, exige-se um mínimo de coerência e rigor na linha editorial, mesmo no que se refere a suplementos de um jornal que, regularmente, nos presenteia com editoriais que professam tais valores. Não seria de reconsiderar se, realmente, o PÚBLICO deve dar boleia e caução a uma revista que, em constraste tão flagrante com as opiniões expressas pelo seu director, considera tais figuras como fazendo parte integral de um "País Positivo"?
Ruth Huber
sexta-feira, 10 de abril de 2009
País positivo?
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