Li no jornal de ontem [29 de Junho], na crónica do provedor, Paulo Fonseca dizer: "Como assinante do jornal por via electrónica, penso ter direito aos mesmos conteúdos de quem compra um jornal na rua ou o assina em papel. A questão é esta: o PÚBLICO entende disponibilizar os conteúdos do caderno principal e do P2 de uma forma diferente do que faz com os suplementos Fugas, Ípsilon e Pública. Ou seja, para os dois primeiros temos uma versão igual ao jornal e para os suplementos uma versão apenas em texto, mal apresentada e sem ter nada a ver com o jornal."
Eu sou assinante do PUBLICO em .pdf. Ora, quando ponderei qual das assinaturas deveria subscrever, uma coisa que reparei, e pesou na minha decisão, foi a menção que os suplementos não teriam o look and feel da edição em papel. Logo, não concordo com Paulo Fonseca se ele pretende dizer que foi (ou está a ser) enganado, pois tem os mesmos conteúdos, não tem é o mesmo aspecto, mas foi avisado sobre isso. Se Paulo Fonseca dá importância ao aspecto, pois assine em formato .pdf.
Porém, concordo com ele quando diz: "Além disso, o que no meu entender é mais grave, nem todas as semanas os suplementos, pelo menos o Ípsilon, têm todos os conteúdos." Eu também me queixo do mesmo: hoje, 30.JUN.08, a capa do PÚBLICO faz menção, no canto inferior direito, a um suplemento não periódico, "Inovação e Ensino Superior". Onde está essa publicação na minha assinatura? Tenho que a ir buscar à banca? A publicidade não menciona qualquer valor a pagar por esse suplemento, o que me leva a uma dificuldade acrescida: não sendo eu um cliente regular (e supondo que sobra um suplemento ao final do dia), por que motivo o vendedor (qualquer um) irá fornecê-lo à minha pessoa? Se for a pagar, talvez algum comprador do jornal não queira esse gasto extra, e aí já terei alguma facilidade em obter a publicação. Mas se eu assino em .pdf por que razão sou obrigado a deslocar-me à banca? Isto vale também para a coleção do Sinatra, do Blueberry e outras: em teoria, tenho de comprar o jornal para ter acesso àquelas publicações.
Fora isso, são só elogios: o formato .pdf permite guardar o jornal no computador, copiar alguns textos para o word, partilhá-lo, tal e qual como faria com o jornal em papel. Ainda hoje tenho a edição em papel de O Inimigo Público onde Pinto da Costa é satirizado na altura em que foi presente a tribunal e pagou uma caução de 125000,00 euros para se manter em liberdade; a ideia de fazer uma edição Lisboa e outra edição Porto, lado a lado, foi genial. Guardei-a, como faço com o .pdf, posso copiar algumas das piadas, posso emprestá-lo para exibir essa genialidade, tudo possivel em .pdf e em papel.
Se por acaso estão a pensar em mudar para outro formato de leitura, não o façam: eu não assino o Expresso porque só posso ler no ecrã, não posso guardar nem copiar. A mesma coisa vale para a Exame Informática, preciso de um leitor próprio para a ler e eu não gosto disso. Penso que o .pdf é uma mais valia. Eu até arranjei um Splitter Merger em http://www.getpdf.com/split-merge-pdf.html de maneira a poder ter recortes tal e qual como teria em papel. É com este programa que eu separo o P2 de alguns suplementos que vêm agarrados como, por exemplo, "Museu do Oriente", "Exponor News" e "Natal 2007".
Nelson Vladimiro, Lisboa
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Vantagens do .pdf
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