Gostava de saber que critérios editoriais presidem à feitura dos destaques e dos títulos do PÚBLICO. No artigo assinado por Leonete Botelho, com Luciano Alvarez, intitulado «Mini-remodelação responde a contestação», da edição de 30 de Janeiro, destaca-se com fotografia uma opinião de Vital Moreira, quando se podia destacar a de um opositor às políticas de Correia de Campos, como Manuel Alegre. O catedrático de Coimbra mais não tem feito, desde que Sócrates tomou posse, do que apoiar cegamente todas as medidas governamentais. Alegre, do mesmo partido, sempre tem parecido mais isento para que dele se destaque opinião. Umas vezes bate, outras suporta (como no referendo). Ouvir a versão oficial ou oficiosa é razoável, dar-lhe destaque contra as outras parece um frete. A coisa agrava-se na página seguinte com o título, que quase parece um elogio, de um texto de Joana Ferreira da Costa, "Correia de Campos [é] o reformista mal-amado que não soube [coitadinho...]explicar as reformas".
Nuno Magalhães
RESPOSTA DO PROVEDOR:
O provedor acha não existir na questão matéria para se pronunciar, dado que as escolhas que o leitor refere são prerrogativas legítimas dos jornalistas que produzem este periódico, as quais, na avaliação global do jornal, não põem em causa a sua independência.
RÉPLICA DO LEITOR:
Se acha de facto que o mais importante facto político-governamental dos últimos tempos se compadece com um tratamento pobrezinho (mas legítimo) e quase oficioso num jornal de referência, então muito bem. Parece que estamos conversados (mas que saudades do Rui Araújo).
Nuno Magalhães
quinta-feira, 20 de março de 2008
Critérios editoriais
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