No PÚBLICO de 6 de Fevereiro (pág. 19) foi publicada a notícia intitulada "Foca bebé recupera de agressões em Peniche" contendo o seguinte:
"Uma foca bebé está há duas semanas no parque Zoomarine a recuperar de feridas provocadas por agressões de populares na praia da Areia Branca, próximo de Peniche, disse o director científico do recinto algarvio. [...] Quando foi detectada pelo vigilante de natureza da zona de Peniche, a 21 de Janeiro, a foca cinzenta bebé - uma fêmea - estaria a ser agredida por populares, em plena praia."
A notícia merece da minha parte um comentário:
A Praia da Areia Branca fica de facto "próximo de Peniche" (a cerca de 15 Km), mas fica bem mais próxima da sede do concelho a que pertence: Lourinhã. Sendo assim, fico sinceramente incomodado ao constatar o título utilizado na peça. As agressões foram cometidas na Lourinhã e não em Peniche. Não se trata de uma questão de pormenor nem de bairrismo da minha parte: trata-se principalmente de uma questão de veracidade dos factos e justiça nas afirmações feitas. A utilização do nome de Peniche para dar conta da localização da praia é, no meu ponto de vista, descabida, sendo que ainda induz o leitor em erro.
A única relação deste caso com Peniche poderá ser o facto da situação ter sido descoberta pelo vigilante da natureza que actua na zona dessa cidade piscatória e que tem como "jurisdição" também o concelho da Lourinhã.
Pelo que apurei, a notícia do PÚBLICO acaba por ser praticamente um copy/paste de uma notícia da Agência Lusa, o que parece apenas revela falta de confirmação e atenção às notas da agência noticiosa, assumindo o que dela emana como verdade inquestionável.
As gentes de Peniche acabam por ficar (uma vez mais) envolvidas numa história macabra, não tendo no entanto nada a ver com ela.
Hélder Gois
quarta-feira, 5 de março de 2008
Amigo de Peniche
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