domingo, 3 de fevereiro de 2008

Detalhes que contam

Na edição de 20 de Janeiro, deparei com algumas anomalias em textos insertos nas rubricas "Destaque" e "Portugal":

Texto de Fernando Sousa (pág. 2, 1ª coluna): "e só 17 por cento conheceu o capitalismo"; "Candidatou-se, pois sem esse requesito"; "foram fartos de rumores, o mais insistente que estava à morte."; 2ª coluna: uma construção que se não é totalmente anfibológica também não é explícita, "Se não for confirmado no cargo, como alguns dirigentes desejam, como o presidente da ANPP, Ricardo Alarcón, que no mês passado disse sobre Fidel que "seria o melhor candidato para presidir ao país"; pág. 3, 3ª coluna: "Cinquenta por cento dos concorrentes saem da escolha de Fevereiro-Março. Os restantes pelos sindicatos e 'organizações de massas'".

Texto de Filomena Fontes e Lurdes Ferreira (pág. 4, 2ª coluna): não haveria forma mais imediatamente descodificável de nos dizer o que é causa (e de quê) e consequência (e de quê) do esta construção: "Sócrates reafirmou, por outro lado, que não haverá quaisquer atrasos no calendário das ligações de comboio de alta velocidade (TGV) entre Portugal e Espanha, em resposta às dúvidas sobre eventuais atrasos na ligação Lisboa-Madrid, prevista para 2013, por causa da construção da terceira travessia do Tejo que vai apoiar o futuro aeroporto no campo de tiro de Alcochete."? Talvez a mudança de alguns constituintes frásicos ajudasse (por exemplo: "Sócrates reafirmou, por outro lado, em resposta às dúvidas sobre eventuais atrasos na ligação Lisboa-Madrid, prevista para 2013, que não haverá quaisquer atrasos no calendário das ligações de comboio de alta velocidade (TGV) entre Portugal e Espanha por causa da construção da terceira travessia do Tejo que vai apoiar o futuro aeroporto no campo de tiro de Alcochete.").

Texto de Filomena Fontes (pág. 5, 3ª coluna): "de utilizar o acombate (sic) ao terrorismo do Governo socialista"; há, de facto, governos cuja actuação mais parece terrorismo puro, mas, na situação em causa, se o combate fosse do "Governo socialista ao terrorismo" não "disfarçaria" mais?

Mário Pinto

1 comentário:

Anónimo disse...
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