Por vezes os jornalistas do PÚBLICO parecem escrever apenas para os habitantes de Lisboa. Veja-se por exemplo a notícia com o título “Sindicato empresta dinheiro a polícia para representar a PSP”, na pág. 9 da edição de 30 de Novembro, onde se diz: “O polícia veio para a capital a expensas do sindicato a que pertence”. Como Portugal é um pouco mais do que a sua capital (mesmo que para Eça fosse apenas paisagem), não deveria ser “O polícia foi para a capital a expensas do sindicato a que pertence”?
Na mesma linha, Miguel Esteves Cardoso Crónica escreveu a sua crónica de 2 de Março acerca do Bairro Alto sem nunca referir que se trata de um bairro da capital. Será que os leitores de Trás-os-Montes ou da ilha Graciosa têm a obrigação de o saber?
O leitor Albano Pereira de Assunção observou algo idêntico:
"Submeto à apreciação do provedor a formulação de uma parte da notícia acerca da nomeação de Júlio Magalhães para director de informação da TV [de 9 de Setembro]. Escreve-se que 'o jornalista, actualmente a dirigir a TVI no Porto, virá para Lisboa'. Em certas notícias Lisboa parece passar a ser a cidade onde vivem todos os portugueses, incluindo os que moram no estrangeiro".
Ou ainda, cerca de um ano antes, o leitor Fernando Cardoso:
Concordo com a opinião de Rui Tavares na "Crónica sem dor" de hoje (17 de Setembro de 2008). Só não acho correcto que durante toda a primeira metade da crónica se refira a "centro da cidade", "Rua da Madalena", "Baixa" e ainda "Graça" sem ter o cuidado de esclarecer de que cidade está a falar. É da "baixa" do Porto ou de Coimbra? É do "centro" de Faro ou de Braga? E "Graça" é uma zona de Bragança ou Lisboa? Num jornal de cariz nacional os seus jornalistas deveriam deixar de olhar para o umbigo e ver mais longe: ter sempre presente que estão a escrever para o país inteiro!
domingo, 20 de dezembro de 2009
Portugal não é Lisboa
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