Abri com grande interesse [no PUBLICO.PT] o artigo "Radiografia de um golpe de charme", sobre Palma Inácio, no dia da morte deste último (14/07/09).
Qual não foi o meu espanto ao:
1) encontrar inúmeras gralhas (p. ex.: "Há 40 anos, grupo de Palma Inácio realizou o primeiro desvio de avião comercial Há 40 anos, um grupo de seis operacionais anti-fascistas portugueses realizou o primeiro desvio de um avião comercial da História"; "Náo"; "combustível ajusta para a travessia"; "uma edição liceal de um Atias", "era procurado pela Polida", "disse José Paulo aos boquiabertos polidas", etc.);
2) encontrar não um artigo de informação sobre Palma Inácio, mas uma crónica romanceada do seu golpe: "E... surpresa! Quem, num afã, se recreava pacificamente com uma beldade semipubescente?" ou " Uma noite, chegou a dançar com Amândio à frente deles, provocadora, bamboleando a cintura cheia de pólvora", "háde ir", além do uso constante de "os pides".
Compreendo que também os jornalistas tenham aspirações literárias (?!) ou de entretenimento do leitor, mas do PÚBLICO espero, ainda, um pouco mais informação e menos romance.
Bárbara Santos
NOTA DO PROVEDOR. A leitora refere-se à publicação online, a propósito da morte de Hermínio da Palma Inácio, de um artigo originalmente impresso na "Pública" de 28 de Outubro de 2001.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Jornalismo literário
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1 comentário:
Com o pedido de desculpas de Nuno Pacheco ao CF Os Belenenses seguido do texto do Provedor, o Público chegou, como diria Pavese ao vácuo mudo. Só um jornal anémico, sufocado pelo clientelismo tem tais atitudes . Infelizmente só me restam as publicações estrangeiras. A posição do Provedor foi de uma covardia arrepiante e de uma submissão atroz. Apologista de um jornalismo polido, subserviente, definhado.
O Público, já moribundo, morreu. RIP
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