domingo, 6 de abril de 2008

Descubra as diferenças

O artigo “Mecenato político, porque não?”, publicado na edição do PÚBLICO de sábado, 5 do corrente, aborda o financiamento dos partidos, o que, nas palavras do seu autor, “é um assunto extremamente polémico”. Polémico ou não, ideias são sempre bem vindas. Já a re-publicação do artigo na edição de domingo, 24 horas depois, não pode ser bem vinda. O jornal deveria prestar mais atenção. O espaço de um periódico é precioso, e a paciência do leitor não o é menos. Façam com que ela não se esgote!

E ela pode esgotar-se mais depressa do que se julga quando parece que, afinal, não se trata de uma simples repetição. Na realidade, o título é algo diferente. Enquanto na edição de sábado ele era o que acima transcrevo, no domingo já era mais longo: “Financiamento partidário: mecenato político, porque não?”. Mas há mais: o destaque, seleccionado do texto possivelmente pela redacção, dizia na edição de sábado: “Sem partidos não há democracia e sem dinheiro não há partidos. Logo, sem dinheiro não há democracia.” O de domingo rezava a missa de outra forma: “Os partidos devem ser considerados como verdadeiras instituições de utilidade pública.”

O que se deve pensar de tudo isto?

Entretanto, ao provedor, que tem estado a agir como verdadeiro ombudsman, as minhas felicitações pelo trabalho desenvolvido.

J. M. Carvalho Oliveira
Lisboa

Actualização
EXPLICAÇÃO DO DIRECTOR EXECUTIVO DO PÚBLICO, JOSÉ VÍTOR MALHEIROS:
Tratou-se de um erro que assumimos e pelo qual pedimos desculpa aos leitores. A explicação de como a repetição ocorreu é simples: há uma pasta à qual a direcção tem acesso onde são colocados os artigos de opinião aprovados para publicação nos dias seguintes. Aconteceu que, após a primeira publicação, o artigo deveria ter sido deslocado para uma pasta de arquivo, e isso não foi feito. No dia seguinte, o artigo foi paginado de novo. Houve neste caso uma sequência de duas falhas - como acontece quase sempre que um erro chega às páginas do jornal: no primeiro dia, a falha no arquivamento do artigo, para evitar a sua republicação; no segundo dia, o facto de não se ter verificado se o artigo já tinha saído no dia anterior, para prevenir um erro que temos consciência que pode ocorrer.

As diferenças existentes nas duas publicações (edição do título e do antetítulo) devem-se ao facto de estas operações serem feitas após a paginação. Pessoas diferentes fizeram escolhas diferentes quer quanto ao título quer quanto à entrada. Diga-se que o título, antetítulo, entradas e destaques dos artigos de opinião são escolhas do jornal - ainda que sejam feitas no respeito escrupuloso pelo espírito do texto e, quando existam, seguindo as indicações dos autores.

Para evitar a repetição do erro vamos tentar tornar mais rigorosos os procedimentos de gestão dos artigos de opinião.

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