Em virtude da notícia publicada online no PÚBLICO de 29 de Julho de 2009 intitulada “Empresa portuguesa entre os proprietários de um satélite de observação da Terra”, venho denunciar a publicidade gratuita, para não falar em falsidades, que a notícia contém, começando pelo título e em frases como: “Pela primeira vez, uma empresa portuguesa, incluída no grupo aeroespacial espanhol Deimos, vai lançar o seu próprio satélite de observação da Terra.”
A Deimos Engenharia não é uma empresa portuguesa, é sim uma subsidiária de uma empresa espanhola. Sendo que a casa mãe, Deimos Espanha, é que é dona do satélite.
É uma pena que jornais como o PÚBLICO, tido como de referência, publiquem uma notícia destas sem pelo menos investigar o que a fonte, Deimos Eng., afirma, aceitando tudo como verdade absoluta.
Isto não é jornalismo, é comunicado à imprensa por parte da Deimos.
Cristina Azevedo
Resposta da autora da notícia
A empresa Deimos Engenharia é de facto uma empresa portuguesa e não uma subsidiária espanhola. Foi fundada em Portugal em 2002, contribui para o tecido empresarial português e, além disto, tem realmente capital português entre os seus accionistas.
É considerada uma empresa participada e não uma subsidiária: embora tenha uma maioria de capital estrangeiro, do grupo aeroespacial espanhol Deimos, tem também a participação de capital português. Segundo o director da Deimos Engenharia, Nuno Ávila Martins, o capital português atinge os dois dígitos.
Em organizações internacionais, como a Agência Espacial Europeia (ESA), a Deimos Engenharia é identificada como uma empresa portuguesa.
Por fim, também não digo que a empresa portuguesa é a proprietária do satélite. Digo que se encontra entre – e sublinho a palavra “entre” – os seus proprietários, por ter precisamente uma participação de capital espanhol. E, para que não restassem dúvidas, procurei logo na primeira frase da notícia deixar claro que a Deimos Engenharia faz parte do grupo espanhol Deimos.
Portanto, a notícia não contém “falsidades”, nem é “publicidade gratuita”, como sou acusada de ter feito.
Teresa Firmino
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
A nacionalidade de um satélite
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